segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Estante



Esse moço lindo
Que sabe escrever
Os poemas mais tristes
De amor
Sabe como ninguém
Vender a sua dor
Troféu
Com lugar privilegiado
Na estante
No centro
Acima dos livros
Dos grandes poetas,
Filósofos, teóricos...
Acima dos discos
Dos mais ouvidos:
Joplin, Beatles, Pink Floyd ...
Dos VHS’s
Campeões de bilheteria,
Os mais queridos:
Chaplin, Gene Kelly, James Dean...
Está para quem quiser ver,
Para quem quiser comprar
Pagar para ver:
O moço, a dor, a estante...

                                                            Aline Monteiro

“Olha só que cara estranho que chegou [...]
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém [...]

Faz parte desse jogo
Dizer ao mundo todo
Que só conhece o seu quinhão ruim
É simples desse jeito
Quando se encolhe o peito
E finge não haver competição
É a solução de quem não quer
Perder aquilo que já tem
E fecha a mão pro que há de vir”.

(Cara estranho – Marcelo Camello)



11 comentários:

MLG disse...

Adorei o poema.

Boa noite.

Respingo disse...

Bom, gostei do seu blog! Parabens!
Poema lindo.
Escrever é sempre uma boa escolha.

Lara Utzig disse...

Tocante tanto o moço quanto a dor, quanto a estante.

Thiago Soeiro disse...

Eu me sentir esse moço. Lindo!
*_*

HelianaBastos disse...

que moço.... a última frase do texto me deixou a pensar, meio q querer visualizar tudo que li.
o moço, a dor, a estante.
compadecida do moço, deixo meu silêncio.

Cris Barros disse...

E quando se ver pelo outro lado? E quando o moço não é exatamente um pobre pierrôt? Penso que neste caso, vale enxergar o cinismo do moço, que tenta convencer a todos de um amor que não existe, uma dor que não sente e um sentimento que nem sabe o que é.
O Moço só quer está ao centro mesmo, mostrando(vendendo) à todos como é bela a sua dor.

...

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...

Talvez vc deva juntar as peças. Criticar é fácil. Entender é dificil. Ninguém pode vender o que não tem... aproveite o momento (Carpe diem).

Cris Barros disse...

O quebra-cabeça me leva à um único lugar. Um lugar escuro, mal pintado e se recusa a aceitar as cores vibrantes do carnaval "das Colombinas", das suas artes. E o que é inaceitável é justamente o fato de se tentar vender o que não se tem. Então pra quê expor?

"Carpendio" a todo instante, até mesmo quando oferecem-me um céu congelado para repousar, o que pareceria impossível de fazer.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...

Eu quero a amizade da aline novamente, mas sinto que é impossível. Não posso ressuscitar coisas mortas. Deus não me deu esse poder. Não vou mais pertubar...