segunda-feira, 28 de abril de 2008

Frase (texto) do Dia


Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Pablo Neruda(alguém duvida??!! srsr)

domingo, 27 de abril de 2008

O Coração do Poeta

Leia o poema, segure-o nas mãos.
Sinta-o!
É o coração do poeta!
Pulsando, vivo!
Em letras e versos...

Exposto...

Não o deixes bater em vão
Leia-o! Decifra-o!
Não o deixes cair...

Sangrando...

Ouça o que ele diz
São gritos, saudades, tristezas...
São risos, cantos, alegrias...
Em frases, rimas, palavras.

Batendo, batendo, batendo...


Aline M.


domingo, 20 de abril de 2008

Gramaticalmente Brilhante!!!

Assunto: GRAMATICA

Esta é uma redação feita por uma aluna do curso de Letras,da UFPE-Universidade Federal de Pernambuco - Recife,que obteve vitória em um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.(Publicada na coluna LIVRE PENSAR, de Ivaldo Gomes).

Redação Atual com o Melhor da Gramática Portuguesa

'Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio,ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo,'todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente vozpassiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, ocuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa centuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sem Título



Queria poder te amar
Sem mais e nem menos
Sem pressa e sem correria
Sem jogo
Sem ganhadores ou perdedores.

Queria poder te amar
Do meu jeito
Sem palpites de parceiros
Amigos ou terceiros.

Queria poder te amar
Sem passado pra lembrar
Ou qualquer dor pra machucar
Sem medo de errar.

Queria poder te amar
De olhos fechados
Com abraço apertado
E um beijo sem fim.

Queria poder te amar
Sem hora e lugar
Sem dia marcado
Sem tempo contado.

Queria poder te amar assim
Do meu jeito
Do jeito que eu sei te amar...


Aline Monteiro