quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vida


...e voaste com teu belo par de asas até o céu.
Brincando de esconder entre as nuvens.
Será doce ou amargo o gosto da vida no céu?
Teria as alegrias e tristezas daqui?
Será que conseguiste alcançar o azul infinito?
Ultrapassar as barreiras do universo?
Vencer o calor do sol, quem sabe!
Realizarás o sonho adormecido
Dos homens, tão vivo na infância.
É preciso partir pra que aconteça?
Quem é que decide a hora de partir afinal ?
Quem?
Sei que viverás muito além das lembranças.
E nos sonhos serás real.
Tão vivo quanto o oceano e a chuva em dias comuns.
Exatamente assim, como tem que ser.
Serás o próprio vento.
Que ao bater à porta fechada
Encontrará uma fresta na parede
Pra avisar que há vida lá fora.
No teu mundo, além das nuvens
O sol também pode ser azul
Aquela chuva da tua partida
É a mesma que lava o mundo num dia ruim.
Leve, fria e necessária.
E mesmo que sejas apenas um menino, voe...
Mas voe o quanto puder
O quanto quiser
Voe o vôo mais alto que possa existir
O mais alto que possa imaginar...
Até que ninguém possa mais te encontrar
Até que decidas voltar
E mesmo que não voltes... Voe.

Quem decidiu a hora da tua partida?


Aline Monteiro

Guardo um retrato teu e a saudade mais bonita...
(Para Márcio Eduardo com todo o meu amor!)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Aos vencidos

A felicidade é tão curta
Que não se deveria perder tempo
escrevendo sobre ela.
Escrevo quando estou triste,
Quando estou cansada.
Escrevo quando a limitação
das outras pessoas acabam
limitando os meus desejos
Se a dúvida e a curiosidade
não existissem
Não sairíamos da idade da pedra.
Então, respiro fundo, fecho os olhos...
E depois de um sorriso irônico
Prometo a superação
não aos vencidos
Mas a mim
e somente a mim!
Aline Monteiro