sábado, 31 de outubro de 2009



...me faça chorar, e o meu sorriso para ti se calará
E eu recomeço...
Os sorrisos tornam-se raros
Incondicionalmente verdadeiros
E a tristeza, literalmente insana!
Palavras são cuidadosamente pesadas...
Agora minuciosamente comedidas.
E eu continuo...
De verso em verso
De poema em poema
A escalar montanhas
A me diluir em sonhos...

Aline Monteiro

domingo, 18 de outubro de 2009

O Silêncio e as Palavras

As palavras não são enfeites
A serem trocados de lugar,
Ou serem limpos da poeira
Depositada pelas horas.
Que podem ser devolvidos,
Que são jogados fora quando
Tornam-se inconvenientes.
As palavras envelhecem
E não podem ser substituídas
Por neologismos.
Elas ficarão guardadas nas páginas
Da memória dos que as usaram,
Dos que as ouviram.
Principalmente dos que as ouviram...
E aos que não as ouviram
Permanecerá o silêncio
A espera da resposta,
A verdade não dita,
A incompletude da vida.

Aline Monteiro


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Entre Verdades


Vem me conhecer de verdade...
Chegue mais perto
Que eu tiro a máscara.
Deixe-me ser dona do teu tempo
Que ele então fará sentido.
Vem conhecer a minha vida
E sentirás orgulho da tua.
Traga-me folhas em branco
Para buscar tuas respostas
E eu te mostrarei que não há
Verdade alguma!
A não ser as verdades que inventamos
A não ser as que iremos inventar
E esqueceremos, por fim
as que foram inventadas
Esquecer... Lembrar
Lembrar e esquecer...
Viver?
É o que todos dizem...


Aline Monteiro