O horizonte que vejo
É esta imagem
Embaçada
Que me faz forçar a vista
A enxergar
Letras miúdas
Quase invisíveis...
O horizonte que vejo
São dois, três, quatro
Passos a oeste, a noroeste
Ao sul da imaginação
A um palmo do nariz...
O horizonte que vejo
É esta noite
Quente e estrelada
De grilos e cochilos
Sustos na madrugada...
O horizonte que vejo
É um ponto de interrogação,
Às vezes, exclamação
É esta reticência
No fim do poema...
Aline Monteiro
“Se
eu tivesse um barco, partiria agora...”
(Ribeiro
Couto)