Um
poeta me abriu os olhos
Tocou
de leve minhas mãos
Me
arrebatou a alma e as cordas vocais
Me
fez acreditar nas linhas
Do
meu corpo que se estendiam
Às
do caderno
São
belas, dizia
Um
poeta me abriu a voz
Me
devolveu as flores,
O
rumo, as malas...
Me
fez dizer palavra escrita
Me
fez dizer palavra falada
Cantada,
encantada...
Um
poeta me abriu os poros
Abriu
a torneira que pingava...
Um
poeta me inundou de versos...
Aline Monteiro
“Entrar na Academia
já entrei
mas ninguém me
explica por que que essa torneira
aberta
neste silêncio de
noite
parece
poesia jorrando...”
(“Cabeludinho” –
Poemas concebidos sem pecado – Manoel de Barros)
Um comentário:
Um poeta tem esse poder, que a gente não sabe bem explicar e que nos traz sensações e emoções.
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