Olha,
preciso te contar
Dizer
que não tem jeito não
Eu
te amo, criatura!
Assim
como a poesia ama a palavra!
Já
conseguiu imaginar uma sem a outra?
Pois
é, eu era palavra solta, sem contexto
E
você meu doce pretexto de existir
E
dar sentido a tudo o que digo
Mas
sabe aquela interrupção quando a gente fala?
Sabe
aquele ruído?
Sabe
quando alguém passa em frente à TV
Bem
no exato momento do gol?
Sabe
aquela lágrima?
Aquela
de saudade
Mas
não é qualquer saudade não, viu?
Digo
aquela saudade
De
quando viramos as costas um pro outro
Sem
combinar o que jantaríamos no dia seguinte...
Foi
aquela dita lágrima
Ordinária
de tanta beleza, gota salgada
Transeunte
na cor de tua pele
Estrela
cadente num céu infinito
A
minha interrupção, a minha palidez
A
minha mudez, a minha insensatez...
Olha,
preciso te contar
Não
tem jeito...
Eu
sou a palavra,
E
você o meu contexto
O
contexto, amor!
Aline Monteiro
“Me
traz o seu sossego
Atrasa
meu relógio
Acalma
a minha pressa
Me dá
sua palavra
Sussurra
em meu ouvido
Só o
que me interessa”
(É o
que me interessa – Lenine)
Um comentário:
Que lindo, Aline. Me emocionou.
Obrigada pelos comentários no meu blog! ;D
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