sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Flor/Dor/Amor




No teu coração não cabem
Flor/dor/amor
Apenas a forma trabalhada,
Montada peça por peça
Das teorias
Empoeiradas
Que nem às
Traças mais
Interessa,
Porque até
Elas já
Se cansaram
Dessa monotonia...
Dessa separação de idéias?
Fique com a forma,
Com a tessitura...
Que a minha forma
Moldo eu
Com tudo que está
Aqui embaixo,
Visão privilegiada,
Mais próxima do chão...
Um pouco muito
Distante do
Consagrado,
Congelado...
Pedra.
Que sua posição
Não se disponha
No sapato da evolução
Que continue, assim
No calo
Dos corações
Sem flores
Sem amores, sem dores...

                                                                  Aline Monteiro



“... e nessa mistura de desejo, amor, saudade... eu me encontro...”
(Te quero pra mim – Grupo Sentimento Puro)

2 comentários:

Thiago Soeiro disse...

Adorei, amor. Que bom que em nossos corações cabem Flor/Dor/Amor. :)

Unknown disse...

Tive que respingar... esse poema é merecido.