quarta-feira, 23 de maio de 2012

O horizonte que vejo



O horizonte que vejo
É esta imagem
Embaçada
Que me faz forçar a vista
A enxergar
Letras miúdas
Quase invisíveis...
O horizonte que vejo
São dois, três, quatro
Passos a oeste, a noroeste
Ao sul da imaginação
A um palmo do nariz...
O horizonte que vejo
É esta noite
Quente e estrelada
De grilos e cochilos
Sustos na madrugada...
O horizonte que vejo
É um ponto de interrogação,
Às vezes, exclamação
É esta reticência
No fim do poema...

                                                                    Aline Monteiro



“Se eu tivesse um barco, partiria agora...”
(Ribeiro Couto)

3 comentários:

Pedro disse...

Aline, embora sinta raiva de mim. Saiba que adoro ler os seus poemas e ver como o tempo é curioso. Peço perdão por coisas antigas... um perdão que almejo e que nunca pude obter. Abraços...

Aline Monteiro disse...

Não sinto raiva de ninguém, fico feliz que tenha gostado dos textos, fique sempre à vontade para ler e comentar... Abraços.

Pedro disse...

Espero que tenha sucesso como poetisa. Vc evoluiu muito. Diferente de mim. Os meus textos ficaram secos e sem graça. Refletem algo que nem eu sei explicar...