Andei
distraída
A
ponto de tropeçar
Em
minhas próprias conclusões
Lá
vem mais um sermão
Você
também distraído pensa
Sinto
lhe desapontar
Se
a palavra é comum ao homem
Visto
minha carapuça
E
destravo a boca pra dizer
Chegou
a minha vez!
E
como filho rebelde
Aluno
desobediente
O
vilão da história
Me
joga na cara
Meu
silêncio
Minha
meia vida
De
mudez
Insensatez
mudar o time que ganha,
Passeia
na partida.
Goleada
dói tanto...
Mas
se o fim ainda não veio
Porque
o lamento?
O
jogo só acaba quando termina,
Ouvi
dizer...
E
digo a quem
Me
virou as costas
Fez
cara feia à minha roupa,
Meu
cabelo ao vento,
Meus
pés não chão
Que
me faça um favor
Que
diga aos
Meus
sonhos antigos
Que
me perdoem,
Que
me perdoem as amarras!
Atadas
pelas
Minhas
próprias mãos
Tão
desiludidas
Que
um dia se encantaram com
O
brilho da novidade
Com
o calor do conhecimento
Sedutor,
atraente, escorregadio...
Que
você, minha inocência
Volte
logo para casa
Que
preciso dos meus
Sonhos,
urgentemente!
Me
aquecendo a memória
Me
contando historinhas
Para
dormir
Historinhas
de quando
A
poesia encantava
E
não desmistificava...
Do
tempo em que a brisa
Fresca
da tarde nos sorria
Fazendo
cócegas em nossas faces
Nos
convidando a sorrir também
Do
tempo do vermelho do entardecer
Transbordando
fúria
Fúria
tão bonita de se ver...
Por
isso, retorno ao jogo
Reclamo
meus acréscimos!
Uso
minhas alterações,
Minhas
cartas na manga
Minha
estratégia já vencida
Conhecida,
convencida...
Em
que aposto
Todas
as fichas
Até
a última gota,
Até
o último fio
de
minha esperança...
No
fim o placar
É
apenas um detalhe
Para
mim
Que
há algum tempo
Já
aprendi a perder...
Aline Monteiro ou Cris Barros
“Dirão que passou de
moda a loucura,
Dirão que a gente é má
e não merece,
Mas eu seguirei
sonhando travessuras.”
(Sílvio Rodriguez)
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