Não me ofereça
Um lugar que não mereço
Onde não caiba
Meu desejo de ser flor,
Perfume a te seduzir,
A te cegar de amor...
Não me prenda ao teu lado
Não me cabe o papel
De curar tua solidão
Não sou antídoto,
Não sou cura...
Quero, nem tão perto
Nem tão distante de ti
Ver o que só eu posso ver
Daqui
Onde teus olhos se desmontam,
Viram água...
Até que minhas insistentes retinas
Comessem a embaçar
Esta paisagem
Que me escreve sempre
Deserta...
Constantemente
Incerta...
Aline Monteiro
“Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
E eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você...”
(Quase sem querer – Legião Urbana)
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