Queria saber
Do que é feita
Essa poesia
Que de mim
Se revolta,
Domina.
À qual, delirantemente
Me entrego sem esforço,
Ou resistência.
É uma sede infinita
Mas tão agradável de sentir
Que viveria morrendo
Desse mal.
Não é um trabalho
Pois me recuso
A aceitar
Horários fixos
Seja lá quais forem...
Inspiração não marca
Horário nem reunião.
Não é esporte.
É coisa séria e brincadeira.
É pôr-do-sol e tempestade.
Vida e morte.
É renascimento.
A primeira e a última chance...
A poesia precisa de vida
Pra existir.
Mas quando olho
Pra mim
Eu ainda duvido
Se há vida
Lá dentro.
Aline Monteiro
"só o incompreensível é infinito"
Caio F. Abreu
(Ponto de fuga - Inventário do ir-remediável)
4 comentários:
poema sem sentido parte II...
Inspiração não marca hora nem tem memória... qtos versos esquecemos...
Abraço
Aline...
Esse vazio de poesia.
É mentira o que a poeta disse, "não sou alegre nem triste, sou poeta", pois poesia não existe na neutralidade, carecesse de um dos dois para escrever ou alegria ou tristeza, neutralidade não é sentimento, neutralidade não passa disso, NEUTRALIDADE. Neutralidade é o tédio, o vazio, o nada... o nada frio e úmido que nos anula enquanto escritores.
é muito difícil "não sentir nada" como é difícil também descrever exatamente o que se sente. O que seria esse "vazio", o que seria esse "nada"? seria uma certa indiferença a tudo? a todos? Acho que seria possível aproximar esse vazio a outros sentimentos. acredito que quando sentimos esse vazio é porque é chegada a hora de ir em busca de respostas ou outras verdades...
a minha leitura desse poema da cecília é a seguinte: o título dele é "motivo" justamente uma busca pela razão do poeta escrever.E o primeiro verso diz: "Eu canto pq o instante existe". Fato tão simples, até irrelevante mas q o poeta vê, percebe...nesse caso ela não está escrevendo pq ela está simplesmente alegre ou triste mas escreve por seus sentimentos irem além disso, pela complexidade q é a vida... ah a gente pode ter tantas leituras desse poema, vou parar por aqui então...
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