sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Ainda Vivo

Vivo do verde do mato
Pequenos soldados
Vivos pela imaginação
Sem valor exato

Vivo de chuvas passadas
Da forte correnteza
Do lixo passeante
Vivo do medo daquelas águas

Vivo do silêncio da noite
Dos ventos constantes
De aroma familiar
Que aparecem noite após noite

Vivo das tardes sem fim
Do vermelho profundo
Das nuvens de fogo
Que morrem dentro de mim

Vivo da falta
Que teima em existir
Motivo constante
De um grande vazio
Que deixei explodir...

Aline Monteiro

Um comentário:

Ellen Bello disse...

Aline,"ainda vivo" pq existem poetas maravilhosos como vc;"ainda vivo" pq me alimento de poesias q acalmam a alma ou a inquietam rsrs; "ainda vivo" pq existem poesias que são universais, como essa,"ainda vivo" pq existem palavras que penetram profundamente n'alma e ecoam pelo espírito; "ainda vivo" pela existência do seu poetizar...
Adelina,minha amiga Adelina,"ainda vivo" pela existência do seu olhar, "ainda vivo pq vc também existe em mim!
Simplesmente amei essa poesia (como todas as outras suas!rsrs)
bjs!