sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Policromia



Na foto em preto-e-branco
A saudade é colorida...

                                                                  Aline Monteiro


“Todo o teu amor
Eu vi de longe
De longe...
Dava pra sentir o teu perfume
Eu juro...”
(Meu amor é teu – Marcelo Camelo)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

5 anos de blog OUTROS CARNAVAIS




Neste carnaval do ano de 2013 meu blog OUTROS CARANAVAIS completa 5 anos de existência. Acredito que quando ele completar 10, 15, 200 anos ainda me farei a mesma pergunta a cada ano: será que vale à pena continuar? E hoje pela manhã alguém ilustre me respondeu essa pergunta:

A poesia é necessária
Título de uma antiga seção do velho Braga na Manchete. Pois eu vou mais longe ainda do que ele. Eu acho que todos deveriam fazer versos. Ainda que saiam maus. É preferível, para a alma humana, fazer maus versos a não fazer nenhum. O exercício da arte poética é sempre um esforço de auto-superação e, assim, o refinamento do estilo acaba trazendo a melhoria da alma.
E, mesmo para os simples leitores de poemas, que são todos eles uns poetas inéditos, a poesia é a única novidade possível. Pois tudo já está nas enciclopédias, que só repetem estupidamente, como robôs, o que lhes foi incutido. Ou embutido. Ah, mas um poema, um poema é outra coisa...

(Mário Quintana – A vaca e o Hipogrifo)


Se Mário Quintana está dizendo quem sou eu para dizer o contrário? Só sei dizer que a vida sem Poesia não me cabe, é como um casamento à moda antiga que não se desfaz, um contrato fechado de alma para alma sem o meu consentimento, mas com todo o meu amor... 

Poetizar

                       Trapiche - Macapá. Foto: Cris Barros

Às vezes penso que meu nome é poesia
Choro lembranças
Gotas de infância
Às vezes sinto a poesia minha amiga
Um anjo da guarda
Que vela meu sono
Que senta à beira da cama
Me conta uma piada...
Às vezes vejo a poesia
Correndo em minhas veias
Oxigenando cada parte do meu corpo
Bombeando meu coração...
Quando me debruço
Sobre a folha de papel em branco
É a poesia que segura minha mão...

                                                                             Aline Monteiro



“...de tudo quanto lhe entrego, a Poesia faz uma coisa que parece que nada tem a ver com os ingredientes mas que tem por isso mesmo um sabor total: eternamente esse gosto de nunca e de sempre.”
(“Ah, sim, a velha poesia...” – Mário Quintana)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Maria



Te amo, Maria
Simples como teu nome...
Te amo
À primeira vista
De quem
Vislumbra o infinito...
Te amo
Silenciosa
Como o sono mais tranquilo
Te amo
Inevitável
Como o passar das horas
Te amo
Amor que verso não escreve...
Te amo, Maria
Amor que poesia não conhece...

                                                                   Aline Monteiro



“Foi assim como ver o mar
A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar...”
(Todo azul do mar – Flávio Venturini)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A Sete Chaves



O poema é um segredo
Que todo mundo sabe

                                                            Aline Monteiro


“Os poemas são pássaros que chegam
Não se sabe de onde e pousam
No livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
Como de um alçapão.
Eles não tem pouso
Nem porto;
Alimentam-se um instante em cada
Par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
No maravilhoso espanto de saberes
Que o alimento deles já estava em ti...
(Mário Quintana)

Do Beijo



Do nosso beijo
Gosto da parte
Em que seguras minha mão...

                                                                           Aline Monteiro


“O amor nasce pequeno
Cresce, fica estupendo...”
(O tom do amor – Paulinho Moska)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Aval



Deixa a palavra errar
Engolir o erre,
Soluçar neologismos...

                                                          Aline Monteiro


"Acredito que errado é aquele que fala correto e não sabe o que diz"
(Zuluzejo - O Teatro Mágico)